16.1.11

Mudança em Consciência

Mandara-me hoje uma mensagem que fala da nossa Missão na Terra e da Nova Era que se está a criar para a Humanidade, uma Era de Luz, Amor, Paz e Esperança, a Era dos Filhos do Sol...

Esta mensagem tocou profundamente o meu Ser e mais uma vez me sinto perdida entre o que sei como humana e o que sinto que devo ser no mais recôndito da minha Alma.
Sinto-me desajustada, nada me faz sentido como está neste momento, mas eu não sei que caminho tomar.
Sinto algo de grandioso despertar dentro de mim, mas eu não estou a saber lidar com isso.
Como se lida com tanta luz quando nos habituamos, humanamente a ignorá-la, vivendo na sombra?
Eu oiço o chamamento, mas não sei por onde ir!
Eu sei que sou uma centelha, no meio de milhões de outras centelhas, necessárias no processo de mudança e despertar por que a humanidade está a passar.
Sei que há algo que tenho de fazer, mas não sei o quê.
Tudo faz sentido e nada faz sentido....
Pode parecer uma contradição, mas é o que eu sinto!

Há mais de uma semana que choro por tudo e por nada, que as minhas emoções estão ao rubro, que me apetece ficar no meu ninho, quieta e tudo o que interfere nisso me irrita, me consome, me destabiliza.
Estou a respeitar o que sinto, em relação a pessoas e situações, mas mais uma vez isso traz-me uma dualidade entre o que sinto que preciso e o que devo fazer, pois durante quase 40 anos da minha existência fiz sempre o que devia em detrimento do que sentia estar certo.
Todo os dias sou testada à exaustão e cada vez mais me é pedido que me liberte de velhos padrões de acção e pensamento, mas é tão dificil.
Estou a tentar entender com o coração o que me está a ser pedido, estou a tentar apurar a minha visão para ver para além de..., estou a tentar apurar a minha audição para escutar sem interferências, sem medos, estou a tentar refinar o meu tacto para tocar com amor, para sentir mais e encontrar um equilibrio em mim...
Estou a mudar muito rápido e ao mesmo tempo tenho consciência que as minhas resistências "humanas" me bloqueiam, me fazem duvidar...
Não me estou permitir confiar e entregar-me plenamente ao Divino que sei habitar em mim!

Estou tão grata por ter pessoas especiais que me estão a ajudar nesta caminhada do despertar e me trazerem à razão do coração aquilo que a razão da mente não consegue processar.
Tenho aprendido a ser menos desprendida do essencial e a deixar para trás o que pesa, o que destroi, o que não interessa mais...
Tenho aprendido a confiar no Divino...
Tenho aprendido a olhar para dentro...
Percebi que tenho que serenar, mudar padrões de vida, escutar-me, permitir que o meu feminino surja e se liberte, deixar fluir e ter paciência, e me pacificar...
Aos poucos eu vou indo e vou ouvindo e vou interiorizando e vou mudando...
Agradecida por toda esta orientação de Amor, de olhar para mim, de esperar, de despertar!

Sinto-me só, numa solidão que já senti antes, nas grandes mudanças que operei na minha vida...
Sinto que estou a "morrer", para renascer mais Eu... se é que isso faz sentido!

O engraçado é que aquilo que já interiorizei, integrei e que faz sentido, de uma forma ou de outra eu tenho partilhado com outras pessoas e vejo nelas uma mudança de despertar e fico tão feliz e grata por fazer parte desta "bola de neve" de luz e despertar...

Ultimamente vem-me à memória o que me tem sido dito em algumas ocasiões, que eu tenho de estar ao serviço da humanidade, que de alguma forma através da palavra e do que me propus fazer, ajudar no despertar do outros...

Mas, amiúde debato-me com o fracasso da dúvida, do medo, da insegurança e fico perdida...
Quero tanto ser EU!
Quero aceitar-me como Ser de Luz!
Quero tanto encontrar o caminho certo dentro de mim!
Quero tanto conseguir confiar e entregar-me sem medos aos designios Universais...
Quero tanto relembrar o que intrinsecamente já sei!
Quero ser um Ser Humano melhor!
Quero viver no Amor, na Luz e na Paz!

Quero sentir que as coisas fazem sentido, ao invés desta confusão em que me encontro!

Prometi a mim mesma algo que sei poder cumprir, que é deixar fluir, ter paciência, confiar e acreditar!
Quero aprender como se faz!!!!

Cada palavra que aqui escrevi foi acompanhada de uma lágrima...
Lágrimas de esperança e gratidão, de emoção e libertação, de Amor, de desapego e alívio...

Agradecida!
Hô!

18.12.10

Eu sei que sabes...



Você não sabe quanta coisa eu faria
Além do que já fiz
Você não sabe até onde eu chegaria
Pra te fazer feliz

Eu chegaria
Onde só chegam os pensamentos
Encontraria uma palavra que não existe
Pra te dizer nesse meu verso quase triste
Como é grande o meu amor

Você não sabe que os anseios do seu coração
São muito mais pra mim
Do que as razões que eu tenha
Pra dizer que não
E eu sempre digo sim
E ainda que a realidade me limite
A fantasia dos meus sonhos me permite
Que eu faça mais do que as loucuras
Que já fiz pra te fazer feliz

Você só sabe
Que eu te amo tanto
Mas na verdade
Meu amor não sabe o quanto
E se soubesse iria compreender
Razões que só quem ama assim pode entender

Você não sabe quanta coisa eu faria
Por um sorriso seu
Você não sabe
Até onde chegaria
Amor igual ao meu

Mas se preciso for
Eu faço muito mais
Mesmo que eu sofra
Ainda assim eu sou capaz
De muito mais
Do que as loucuras que já fiz
Pra te fazer feliz

Parábola da Vaca no Jardim

Quando me dão "vipes" para escrever, escrevo de enfiada, aqui fica o que enviei para alguns amigos aqui à umas semanas atrás.
Faz todo o sentido o que escrevi e a mensagem que transmiti...

Meus queridos,

Ultimamente não tenho tido tempo, nem paciência para enviar emails, a não ser os estritamente necessários.
Recebi este ontem, da Parábola da Vaca no Jardim", que junto envio, e nele contem uma mensagem muito interessante.

Acredito que muitos de vós continuam a ter vacas no jardim e a viver no comodismo do que ela vos dá.
Cada vez mais é necessário mudar, mudar para o que faz sentido.... avançar na direcção certa....
As pessoas têm de sair do comodismo que os mantém mornos para apanharem frio, reagirem e fazerem algo de diferente nas suas vidas...
Sair do conformismo e da vitimização onde acham que não merecem mais ou melhor...
Alterar formas de pensamento que mantêm as pessoas agrilhoadas a padrões mentais ancestrais, condicionando-as...
Medo; Raiva; Culpa; Pecado; Penitência; Não Sou Capaz; Ter Que; Parece Mal; o que é que os OUTROS vão pensar?; Não Posso...

Quantas vezes se disseram que "as coisas não podem continuar como estão... não aguento mais..." nos vosso relacionamentos, na vossa vida profissional, na vossa saúde, na forma como se alimentam, na falta de exercício físico????
E o que é que fazem??? NADA! E passados 10 anos continuam a queixar-se do mesmo porque se foram acomodando, foram "engordado" no marasmo das vossas vidas...

Quantas vezes se disseram "amanhã resolvo... amanhã logo se vê..." ??? E Amanhã voltam a dizer o mesmo, adiando sine die o problema...

Quantas vezes se disseram "para quê mudar, não vai valer a pena" ??? e passados uns anos dizem-se "se eu tivesse feito alguma coisa naquela altura...."

Quantas vezes se questionaram "porque é que isto me foi acontecer logo a mim?" e ficaram de braços caídos sem reacção, sem perceber que o Universo vos estava a abrir uma janela de oportunidades para fazerem algo de diferente...

Mudar é um processo doloroso, incerto, angustiante... mas é necessário!
Está na altura de despertar, de perceber as subtilezas da vida e os diferentes caminhos a percorrer...
Deêm-se uma oportunidade e prescindam da vaca do vosso jardim!
Deêm-se uma oportunidade de fazerem algo por vós, pois as únicas pessoas que nós podemos mudar somos nós mesmos e, quando mudamos, tudo à nossa volta é obrigado a mudar, reajustando-se a uma nova "realidade"...

Alguns de vós já se encontram bastante avançados nestes processo de despertar e de mudança, mas fica a mensagem na mesma, pois é muito bonita!



PARÁBOLA DA VACA NO JARDIM


“Um filósofo passeava por uma floresta com um discípulo, conversando sobre a importância dos encontros inesperados. De acordo com o mestre, tudo que está diante de nós nos oferece uma chance de aprender ou ensinar. Quando cruzavam a porteira de um sítio que, embora muito bem localizado, tinha uma aparência miserável, o discípulo comentou: - O senhor tem razão. Veja este lugar… Acabo de aprender que muita gente está no paraíso, mas não se dá conta disso e continua a viver em condições miseráveis.

- Eu disse aprender e ensinar – retrucou o mestre. Constatar o que acontece não basta; é preciso verificar as causas, pois só entendemos o mundo quando entendemos as causas.

Bateram à porta da casa e foram recebidos pelos moradores: um casal, três filhos, todos com as roupas sujas e rasgadas.

- O senhor está no meio desta floresta, não há nenhum comércio nas redondezas – observou o mestre ao pai de família. Como sobrevivem aqui?

E o homem, calmamente, respondeu.

- Meu amigo, nós temos uma vaquinha que nos dá vários litros de leite todos os dias. Parte desse produto nós vendemos ou trocamos, na cidade vizinha, por outros gêneros de alimentos. Com a outra parte, produzimos queijo, coalhada e manteiga para o nosso consumo. E assim vamos sobrevivendo.

O filósofo agradeceu a informação, contemplou o lugar por um momento e foi embora. No meio do caminho, disse ao discípulo:

- Pegue a vaquinha daquele homem, leve-a ao precipício e jogue-a lá embaixo.

- Mas ela é a única forma de sustento da família! – espantou-se o discípulo.

O filósofo permaneceu calado. Sem alternativa, o rapaz fez o que lhe pedira o mestre, e a vaca morreu na queda. A cena ficou gravada em sua memória.

Muitos anos depois, já um empresário bem-sucedido, o ex-discípulo resolveu voltar ao mesmo lugar, contar tudo à família, pedir perdão e ajudá-los financeiramente.

Ao chegar lá, para sua surpresa, encontrou o local transformado num belíssimo sítio, com árvores floridas, carro na garagem e algumas crianças brincando no jardim. Ficou desesperado, imaginando que a humilde família tivesse precisado vender o sítio para sobreviver. Apertou o passo e foi recebido por um caseiro muito simpático.

- Para onde foi a família que vivia aqui há dez anos?

- Continuam donos do sítio.

Espantado, ele entrou correndo na casa, e o senhor logo o reconheceu. Perguntou como estava o filósofo, mas o rapaz nem respondeu, pois se achava por demais ansioso para saber como o homem conseguira melhorar tanto o sítio e ficar tão bem de vida.

- Bem, nós tínhamos uma vaca, mas ela caiu no precipício e morreu – disse o senhor. Então, para sustentar minha família, tive que plantar ervas e legumes. Como as plantas demoravam a crescer, comecei a cortar madeira para vender. Ao fazer isso, tive que replantar as árvores e precisei comprar mudas. Ao comprar mudas, lembrei-me da roupa dos meus filhos e pensei que talvez pudesse cultivar algodão. Passei um ano difícil, mas quando a colheita chegou eu já estava exportando legumes, algodão e ervas aromáticas.

Nunca havia me dado conta de todo o meu potencial aqui: ainda bem que aquela vaquinha morreu!”

Acho esta parábola super interessante. Adoro refletir sobre ela e costumo comentá-la com outras pessoas. Mas quando paro para repensar minha vida, às vezes penso se não sou eu quem está sobrevivendo graças à vaca. Situações que não são boas, mas que por comodismo simplesmente passamos a aceitar, já que "a torneira pinga, mas não seca".

Talvez eu esteja hoje enfrentando mais uma vaca na vida. Sempre me orgulhei de tomar decisões corajosas, mas como sempre, é difícil. Espero que daqui a algum tempo eu escreva me orgulhando do fato de ter jogado a vaca no precipício, e claro, numa situação muito melhor.

Desconheço a autoria

2010

Não posso crer que se passou quase um ano desde que escrevi aqui....
Meu Deus, como o tempo passa....
Em 2009 fui bem mais assídua na minha escrita de partilha, mas neste ano de 2010 senti que precisava de me recolher, de me tornar uma pouco "ermita" e de ir escrevendo para mim ou directamente para quem se destinavam as mensagens...
Aqui, fui adiando, fui esquecendo, fui silenciando...
Tem sido um ano tão desgastante, tão difícil, mas ao mesmo tempo tão bom...

Poderia, aqui e agora, tentar fazer um balanço de um ano brutalmente intenso e de um amadurecimento sem igual e perceber que agora não sou mais quem era á um ano atrás...
A serenidade da confiança implementou-se um pouco mais, mas ainda não o suficiente, pois ainda duvido... por momentos duvido... em certas situações duvido...

Os testes da Vida sucedem-se, cada vez exigindo mais de mim e levando-me ao limite da exaustão e eu chego ao fim de 2010 tão ou mais cansada do que estava no final de 2009.
E questiono-me, "mas afinal mudou alguma coisa"??? Parece que o padrão se repetiu...
Mudou! Mudou tanta coisa!
Mas estou exausta!

Todos os dias peço Luz, Discernimento, Paz, Compreensão, Harmonia, Transparência, Honestidade, Sinceridade na minha vida e na minha existência, nas pessoas que me rodeiam e nas situações com que me deparo.
E tudo se torna mais claro... e tudo me é revelado...

Mas este processo acarreta dor, pede para se trabalhar o desapego, pede para deixar para trás velhos padrões de pensamento e de acção, coisas e pessoas que já não fazem sentido, situações desconfortáveis...
Pede para sermos cada vez mais honestos connosco e com os outros e que haja coerência entre o que pensamos e efectivamente fazemos...

Estou a limpar e a arrumar a minha casa interior, estou a fechar ciclos, estou a dizer CHEGA, NÃO QUERO MAIS, estou a libertar-me do que me pesa, estou a desapegar-me de pessoas, estou a delegar nos outros as suas próprias responsabilidades...
MAs mesmo este processo, aparentemente simples, é desgastante, pois tenho de lidar com as minhas próprias resistências...

Hoje, numa conversa que tive, consegui verbalizar que estou zangada! Estou muito zangada! Estou desiludida e triste!
E esta zanga interior, este caos, está espelhado no exterior e tudo me irrita e consome...
ARGH!

É tão dificil ser "crescida".

Estou zangada, triste e desiludida com as partes de mim que acreditaram, que se esforçaram, que confiaram, que se deixaram magoar...
Dizia-me uma amiga, eh pá deixa lá isso querida, pois as coisas só nos afectam de acordo com a importância que nós lhes damos, se deixares de dar importância a essas coisas isso deixa de te magoar...

Bom... é fácil de dizer, mas quando nessas "quezílias" temos pessoas que amamos, o desapego é tão doloroso...

Assim, a grande questão que em coloco neste momento é "que partes de mim eu tenho de curar, eu tenho de mudar, para re-encontar a minha harmonia?"

Confesso que estou um pouco perdida...

Apesar de tudo, foi um ano bom, por tudo o que aprendi, por tudo o que modifiquei em mim, por tudo o que consegui libertar.

Desejo que 2011 me traga mais ensinamentos, mas menos dor...

4.1.10

A VIDA (Madre Teresa de Calcutá)

A VIDA é uma Oportunidade, Agarra-a!
A VIDA é uma Beleza, Admira-a!
A VIDA é um Sonho, faz dele uma Realidade!
A VIDA é um Desafio, Enfrenta-o!
A VIDA é um Dever, Cumpre-o!
A VIDA é um Jogo, Joga-o!
A VIDA é Preciossa, Cuida bem dela!
A VIDA é uma Riqueza, Conserva-a!
A VIDA é um Amor, goza-o!
A VIDA é um Mistério, Penetra-o!
A VIDA é uma Promessa, Cumpre-a!
A VIDA é uma Tristeza, Supera-a!
A VIDA é um Hino, Canta-o!
A VIDA é um Combate, Aceita-o!
A VIDA é uma Aventura, Ousa-a!
A VIDA é uma Felicidade, Merece-a!
A VIDA é uma Vida, Defende-a!

19.12.09

Conto de Natal

(Correndo o risco de me tornar repetitiva, volto a publicar este texto que escrevi a 30 de Dezembro de 1993, pois continua muito actual na nossa vida e no meu pensamento...)


Era uma tarde cinzenta, húmida e triste, como tantas outras tardes d'Inverno, lá para o final de Dezembro.

A Baixa Lisboeta movia-se num frenesim de carros e pessoas circulando, com ou sem rumo, mas cheios de pressa. Pressa de chegar a horas ao sítio X, pressa de apanhar os ineficientes transportes públicos, pressa de andar, pressa de comer, pressa... pressa de viver...

Pelo meio desta gente apressada vagueiam como «zombies» homens, mulheres, velhos e crianças que não têm onde se abrigar da noite fria, que não têm com que alimentar os seus cadáveres já cansados e sem forças e que não têm vestes suficientes para cobrir o corpo semidesnudo e esquelético.
A vida tem sido tão cruel para estes vadios ou pedintes (nome corriqueiro para designar estes pobres infortunados que são tão diferentes de nós, mas tão iguais) que alguns deles, se têm nome, Pai, Mãe ou família já o esqueceram ...

Vemos, então, os pedintes ou vadios a deambular pela cidade à procura de melhor sorte ou de uma alma caridosa que lhes dê algo, de preferência dinheiro, para comerem ou para sustentarem os vícios e os «prazeres da vida». Senão, vemo-los sentados ou deitados em bancos de jardim, ou mesmo no chão, dormindo ou esperando a morte ...
Nós, pessoas, passamos por eles mas não olhamos, não ligamos pois temos mais em que pensar e, para além disso, preocupamo-nos mais facilmente em ter compaixão e pena pelas vítimas da Guerra e da Fome em países longínquos em vez de abrirmos os olhos para aquilo que se passa tão perto mas, por vezes, tão longe...

Foi num destes quadros tão normais da vida quotidiana lisboeta, que vi um homem esfarrapado e sujo, com um olhar triste e desesperado que, implorando, dizia: «Tenho fome!». Mas toda a gente passava por ele e não o ouvia.
«Dêem-me de comer, tenho fome!», suplicava ele a cada «passant» que se limitava a virar costas e a continuar o seu precioso caminho. No entanto, nele surgiu um olhar de esperança e um sumido sorriso nos lábios quando houve alguém, diferente de todos os outros, que parou e escutou-o. «Não me dê dinheiro, dê-me de comer!», retorquiu o homem e o seu olhar brilhou quando essa pessoa, sem pensar duas vezes, lhe proporcionou (o que para muita gente não passa de um Snack) o que, para ele, se tornou num verdadeiro banquete.
«Bem haja e Feliz Ano Novo» disse ele agradecendo e despedindo-se com um brilho cintilante no olhar. Quem sabe daqui a quanto tempo este homem voltará a comer, mas para ele este dia tornou-se num dia de Natal (quase de certeza que ele nem sequer Natal teve), por ter havido alguém que viu para além daquilo que os seus olhos lhe mostravam ...

É tão fácil fazer de cada dia um dia de Natal !
Se ao menos as pessoas tentassem ...

17.12.09

Solidão

"Solidão não é a falta de gente para conversar, namorar, passear ou...
Isto é carência.

Solidão não é o sentimento que experimentamos pela ausência de entes queridos que não podem mais voltar...
Isto é saudade.

Solidão não é o retiro voluntário que a gente se impõe, às vezes, para realinhar os pensamentos...
Isto é equilíbrio.

Solidão não é o claustro involuntário que o destino nos impõe compulsoriamente para que revejamos a nossa vida...
Isto é um princípio da natureza.

Solidão não é o vazio de gente ao nosso lado...
Isto é circunstância.

Solidão é muito mais do que isto.

Solidão é quando nos perdemos de nós mesmos e procuramos em vão pela nossa alma..."


Francisco Buarque de Holanda

15.12.09

I am so lost without you!




Esta musica reflecte o que sinto hoje...
Não que a letra seja totalmente adequada, mas é o que sinto...

"I am all out of love, I´m so lost without you (...)"
just because I can´t have you... and I never will...

Seria tão mais fácil se eu não sentisse o que sinto, se tu não sentisses o que sentes... mas quando se sente assim, doi!

Dias há em que penso, que se lixe, mesmo que doa quero amar-te!
Outros dias há em que não quero que doa e só me apetece fugir de mim, de ti, de nós...

Hoje!
Hoje sinto-me perdida!
Hoje fizeste-me falta!
Hoje queria-te tanto...

18.11.09

O Beijo



Quando olho para esta imagem, que construí de pedaços de beijos, que fui 'sacando' daqui e dali, sou levada ao recôndido da minha memória, do meu coração e até me atrevo a dizer, da lembrança de outros tempos e de outras paragens...

São pedaços de beijos, de entrega, de envolvimento a dois, de partilha do mais íntimo, do mais secreto que há em nós...

Da FUSÃO de dois corpos e de duas Almas que passam a formar a unidade!

Aqueles beijos que fazem 'tremer os joelhos', esvoaçar borboletas dentro de nós, disparar o coração a 300, que nos fazem viajar e nos levam ao 'céu'...

Relembro... Sinto...
E o que sinto é tão forte e intenso, que me traz alguma nostalgia...

O meu semblante triste, Amor, é porque penso demais, penso no que tivemos ontem e no que provavelmente não vamos ter amanhã...
E esqueço-me do hoje!
Mas é no HOJE que tu e eu estamos e é HOJE que faz sentido esta nossa história...
E eu quero tentar viver o HOJE, plenamente!

Aquele primeiro beijo...
UI!
E o outro... e o outro...
Não são só de agora... são de outros tempos... daqueles tempos em que tu e eu éramos um...
Mas depois volta a memória... a memória de te ter perdido...
E agora que te reencontrei, não te quero perder outra vez...

Mas é tudo tão difícil, tão doce, tão desgastante, tão intenso, tão frustrante, tão mágico, tão bonito, tão arrebatador, tão doloroso,tão viciante, tão... UAU!


O Beijo Mágico que te dei, Amor... permanece guardado dentro de mim, impresso nas células da memória de 'ontens', na esperança de outros 'amanhãs'...

O Beijo Mágico...
O Nosso BEIJO!